quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Palestina - Gaza ...



No decurso dos últimos 41 anos, a população de Gaza tem vivido sob ocupação. Durante os últimos 18 meses, tem vivido sitiada. E nos últimos dias, a população de Gaza tem sido submetida a um ataque militar cruel e contínuo.

Ou a Declaração Universa dos Direitos Humanos não é tão universal, ou as pessoas de Gaza não são seres humanos, merecedores dos mesmos direitos “universais”. Esta é a mensagem que o mundo está a enviar hoje.

A nossa humanidade está incompleta enquanto houver crianças, independentemente da sua nacionalidade, que sejam vítimas de operações militares.
Mais de setenta crianças foram mortas. Perto de seis dezenas estão feridas. O que diz o mundo às mães delas? À mãe Palestiniana que perdeu cinco filhas no mesmo dia? Às mães que vêem os seus filhos chorar de dor, viver com medo, e lidar com mais traumas do que qualquer um de nós terá de enfrentar numa vida inteira?
Que elas são danos colaterais?
Que as vidas delas não importam?
Que as mortes delas não contam?
Que as crianças de Gaza não têm “direito à vida, à liberdade e à segurança”?
O que é que nós lhes dizemos?!...

As crianças de Gaza, as que morreram e aquelas cuja vida está presa por um fio... as suas mães ... os seus pais, não são danos colaterais aceitáveis; as suas vidas importam, as suas perdas também contam. Não são divisíveis da nossa humanidade universal – nenhuma criança o é, nenhum civil o é.

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